sábado, 5 de janeiro de 2013

DESPEDIDA - MARTHA MEDEIROS


DESPEDIDA - Martha Medeiros - grata amiga Sophysticada


Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente,
seguindo amando,
 tem que se acostumar com a ausência do outro,
com a sensação de perda, 
de rejeição e com a falta de perspectiva,
já que ainda estamos tão embrulhados na dor
que não conseguimos ver luz no fim do túnel.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar 
a luz no fim do túnel.


A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,
a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, 
começamos um outro ritual de despedida:
a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, 
de remover a saudade, 
de ficar livre,
sem sentimento especial por aquela pessoa. 
Dói também…


Na verdade, 
ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
Muitas pessoas reclamam por não conseguir 
se desprender de alguém.
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir,
lembrança de uma época bonita que foi vivida…
Passou a ser um bem de valor inestimável, 
é uma sensação à qual a gente se apega. 
Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, 
voltar a ser alegres e disponíveis,
mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos 
foi caro por muito tempo,
que de certa maneira entranhou-se na gente,
e que só com muito esforço é possível alforriar.


É uma dor mais amena, quase imperceptível.
Talvez, por isso, 
costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’
propriamente dita. 
É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, 
mas já é outra. 
A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, 
mas interessa o amor que sentíamos por ela,
 aquele amor que nos justificava como seres humanos,
que nos colocava dentro das estatísticas: 
“Eu amo, logo existo”.

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou,
externamente, sem nossa concordância,
mas que precisa também sair de dentro da gente…
E só então a gente poderá amar, de novo.

Martha Medeiros

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Feliz 2013!!!


Quantas vezes iremos nos decepcionar tanto com as pessoas? E quantas vezes reerguidos de uma tristeza, iremos novamente respirar fundo e seguir em frente? E enfim então aprenderemos que somos todos seres humanos imperfeitos que devemos ao final amar com tudo que temos direito dentro de nossos limites.... Mesmo que ainda não compreendamos nem a nós mesmos direito, e meio cegos no nevoeiro  das descobertas iremos sentir algo inebriante:  alegria por sentirmos que estamos vivos...

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Tristeza - Uma carta que fiz pra ele ler...


 Feitor....por favor leia com calma e devagar, pois foi assim que escrevi.

Eu resolvi escrever pra poder colocar meus pensamentos no lugar e organizar meus sentimentos. Últimamente não tem sido fácil. Sinto uma grande tristeza em mim, um sentimento de incapaz. INCAPAZ de mostrar pra você a felicidade de uma vida a dois, plena. Dói se tornar desimportante pra pessoa que a gente gosta., quando não se vê nos olhos do outro, o brilho, a respiração mudando, a necessidade de beijar a boca, de tocar a pele, de encostar... Tudo isso se esvaindo aos poucos. 

     Eu sabia que você era fechado quando nos conhecemos, e mesmo assim achei que podia dar certo, estava muito apaixonada e adorava o seu jeito cheio de mistérios, que um dia podia ser só o jeito. E acima de tudo eu sentia seu desejo, e sentia que você estava disposto a ser meu, em muitos sentidos....
     Me lembro de quando íamos à boates no clima escuro e bem sensual, as vezes que tentei te seduzir , me esfregando em você, cheia de tesão, esperando que você correspondesse, não pra transar alí, óbvio que não, mas pra que você me mostrasse seu desejo, seu sexo crescendo por minha causa....  
   
     Mas não há descontração, nem podemos conversar  da nossa própria intimidade. Isso é sinônimo de briga, e longas discussões... Falar de sexo é campo minado.
     Esta condição que vivemos hoje, traz na minha memória todas as pessoas que tive relacionamento sexual. As palavras descontração, diversão, alegria, satisfação, ausência de tensão, e plenitude  me vêm à memória. Com você, já fomos assim, bem no início, você era mais descontraído, mais disposto, na chácara na piscina, na casa da sua mãe....
   As coisas foram ficando mais sérias, e surgiram mais responsabilidades e você foi ficando mais tenso. Mais fechado.
   Você exerce um domínio sobre mim na nossa vida pessoal. Você diz que sou autoritária, mas não tenho domínio sobre você, se eu tivesse, não estaria reclamando. Essa observação  é fácil de ver, não sou só eu quem te digo. Já conversamos sobre isso, sempre dançamos conforme a sua música. Eu tenho uma natureza submissa, e acredite ela é mais forte na cama. Eu queria muito que você exercesse este domínio sobre mim na cama também. 
Sendo direta: Se eu fosse bem comida, não estaria reclamando de nada...Eu realmente ia ser mais feliz se soubesse que você me deseja tanto quanto eu sempre desejei você. Sentir que sou querida, que podemos nos desligar do mundo se pararmos pra dar uma rapidinha, pra extravasar..... 
 Estamos fingindo que sexo não importante... Enganando a quem?

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

BDSM e FETICHES

Fui aos poucos querendo descobrir porque algumas pessoas tem uma atividade sexual mais intensas do que outras.... 
Lendo sobre os assuntos BDSM, encontrei um universo de novas informações.
Entre elas, descobri algumas coisas que eu sempre gostei de fazer  e receber que estão dentro da prática BDSM.  Me senti bem em saber que podia saber mais sobre o assunto, justamente para poder saber mais sobre mim, sobre o que eu gosto...

BDSM é um acrónimo para a expressão "Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão,Sadismo e Masoquismo" um grupo de padrões de comportamento sexual humano. A sigla descreve os maiores subgrupos:

  • Bondage – Técnicas de amarração e imobilização
  • Disciplina – Fantasias ligadas à Dominação e Disciplina
  • Sadismo – Aquele que tem prazer em submeter o outro
  • Masoquismo – Aquele que tem prazer em ser submetido

Quem é BDSM faz questão de salientar  que é importante entender que a principal finalidade do BDSM não é a tortura sem sentido, mas o prazer de ambas as partes. 
Para isso, outra sigla surge neste universo, o SSC:
  • São
  • Seguro
  • Consensual, ambas as partes concordam com o que for feito.
Pra quem não sente prazer em ser controlado, sentir dor ou ser humilhado, a premissa do SSC já não tem importância. Ao que parece, esta condição é variável e depende de cada um. Cada pessoa tem seus limites.
Safeword,  ou palavra de segurança é utilizada para sinalizar este limite.




Fetiches X BDSM, Diferenças e Similaridades



Existem inúmeras pessoas que se consideram fetichistas. Fantasias sexuais são comuns porque estamos sempre buscando algo novo.
Os Fetiches são as preferências sexuais não-baunilhas ( baunilha, porque é o sorvete mais comum, então se usa-se esse termo para se referir a relações sexuais convencionais, comuns, tipo, “papai-mamãe”) Práticas,  são fetiches específicos dentro do BDSM, como por exemplo: dogplay, foodplay,spanking.
Existe pessoas que tem Fetiches e o fazem, fora do contexto BDSM, apenas gostam das fantasias específicas, por ex.: podolatria
E tais práticas podem ser praticadas dentro do contexto BDSM, para satisfazer os envolvidos...




terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Romântica






Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida.
Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.
Carlos Drummond de Andrade

A caminho de 2013



"Aqueles que dançavam eram considerados totalmente insanos por aqueles que não conseguiam escutar a música" Friedrich Nietzsche. 

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

50 tons de Cinza - comentando





Deixei um post recentemente em um Blog a respeito do livro e tenho chegado a mesmíssima conclusão do que escrevi.
As mulheres ficarão loucas lendo ele, mas nunca irão encontrar o Cristian Grey, nem um universo Baunilha, nem em um universo BDSM.
Útopico? Ao que parece este homem de apenas 27(?) anos que parece ter uma experência fenomenal de um homem com mais de 50, ainda é fiel, o que parece não ser comum no universo picante da dominação. A verdade é que toda mulher merecia um homem com uma pitada de Cristian Grey. Principalmente no que diz respeito a saber dar prazer, o que parece que ficou no limbo do universo Baunilha.
Homens dominadores mestres na arte de proporcionar o prazer, como eles  dizem deveriam abrir exceções para alguns homens aprenderem o be-a-bá pelo menos....
Ahhhh acho que isso ia ser bom para o mulheril.
 Ainda não concluí o raciocínio.... mas vou postar assim mesmo....